1-Alcoutim não é diferente do resto do País. Por tanto, nós temos assistido ao longo das últimas quatro ou cinco décadas em Portugal a uma diminuição da população no interior. Se vocês forem consultar os censos verificam que a população a nível de Portugal Continental e de Regiões Autónomas tem crescido, não sei se se têm apercebido mas ainda a bem pouco tempo não tínhamos dez milhões de habitantes e agora já temos. Temos vindo a crescer em termos de efectivo populacional em termos de Continente. Mas temos vindo a perder população do interior para o litoral, portanto tem havido um processo de despovoamento acentuado no interior. Alcoutim apesar de não ser ’’interior interior’’ tem uma dinâmica diferente. O movimento foi todo feito da serra mas não teve qualquer orientação as pessoas saiam era da serra, acontece que todos os concelhos serranos perderam população sem ordem em quanto que por exemplo Beja perdeu população mas depois foi ganhando funções e começou a perder menos estes foram perdendo sem qualquer tipo de orientação. O que acontece é que a população que a serra algarvia perde eram jovens de 16 aos 20 anos, e esta é a classe mais importante a classe etária mais importante na estrutura etária. Porque esta classe é a classe activa e nós se tínhamos em Faro 1.200 pessoas dos 16 aos 20 anos passámos a ter 11.000 em que vinham da serra algarvia. Faro começou a ter uma classe activa muito elevada, e esta classe depois vai envelhecendo. Agora nós em Alcoutim e na Serra Algarvia ficamos com menos jovens e com muitos velhos e agora os velhos vão morrendo. A evolução da população é a seguinte, em Alcoutim a população sobe até quase dez mil habitantes e depois vem sempre a descer, mas no final começa a estabilizar porque já não há ‘’velhos’’ para morrer. Antes tínhamos uma população forte dez mil, mas tiramos-lhe a base que são os jovens de 16 aos 20 anos e isto perde cerca de 17% a 20% da população em cada década, sendo que agora irá perder menos, porque já não há pessoas para morrer.
2- O despovoamento é um fenómeno Mundial, é uma questão que acontece em todo o mundo. Aconteceu nos Estados Unidos com o abandono de toda a zona interior, e a focalização nos extremos Ocidental e Oriental onde temos de um lado Nova Iorque, e de outro lado Los Angeles, São Francisco. Aconteceu em França com a centralização em Paris, aconteceu em Inglaterra com a centralização da população em todas as grandes cidades. É um facto que no mundo todo as pessoas deixaram de ter como actividade predominante a agricultura e então vão para os centros urbanos....
Olá Pessoal
Somos alunos do 12ºF da escola secundária de VRSA e pertencemos ao Curso
Científico-Humanístico de Ciências Sociais e Humanas.Este ano surgiu uma nova
disciplina - Área de Projecto, que apesar de ser uma área curricular não
disciplinar irá contar para a média do secundário. Decidimos assim criar um
blog, em que iremos colocar todas as nossas pesquisas e informações, conteúdos e
trabalhos que iremos realizando ao longo do ano lectivo.Espero que consigamos
cumprir os nossos objectivos de modo a concretizar um bom projecto.Bom ano
lectivo para todos....Miguel, Ana Margarida, Tânia
quinta-feira, 4 de junho de 2009
Tratamento da Informação da Entrevista ao Dr. André Linhas Roxas ( Alcoutim)
BaLanço Final
No âmbito da disciplina de Área de Projecto, o grupo do “Despovoamento do Interior Algarvio”, realizou uma exposição informativa com objectivo de dar a conhecer a comunidade escolar o Projecto que foi desenvolvido ao longo do ano.
Assim, os elementos do grupo encontraram-se as 11h00 junto da sala 111 de modo a organizar a exposição. Apesar das várias tentativas em relação ao modo como iríamos expor o nosso projecto, acabamos por fixar algumas cartolinas que apresentavam informação acerca do Projecto como por exemplo:
· A Noção de Despovoamento em oposição ao Conceito de Desertificação;
· Os Factores que Contribuem para acentuar este fenómeno e algumas medidas minimizadores para combater este Problema;
Juntamente a esta informação juntamos outras cartolinas que apresentavam a caracterização dos concelhos de Alcoutim e Castro Marim, como também da Associação Odiana. Por outro lado, juntamos 3 mesas onde colocamos vários panfletos e imagens relacionadas com os Município em estudo como também vários objectos alusivos ao “ Despovoamento do Interior Algarvio”.
Realizamos também um jogo de modo a informar a comunidade escolar em relação a várias características que ambos os concelhos possuem (Área, Habitantes, Freguesias, Festas, espaços de Lazer etc.), colocamos também um filme que iria decorrer durante toda exposição que caracterizava sobretudo o Concelho de Castro Marim e por fim recolhemos algumas plantas e flores que colocamos na sala em volta de toda a informação pertinente aludido a Temática desenvolvidas “Despovoamento do Interior Algarvio”.
As 14h00, foi a hora programada para abertura da exposição, onde permaneceram todos os elementos do grupo até as 19h00. Ao longo deste período de tempo tivemos a disposição de informar os vários visitantes sobre o Projecto desenvolvido ao longo do ano onde usufruíram dos jogos que realizamos e a visualização de algumas partes do vídeo apresentado onde divulgamos também o Site do nosso Blog.
Nas últimas horas da tarde observou-se uma escassa assistência a exposição. De facto, verificou-se algum interesse por parte de alguns professores e algum público-alvo em relação ao nosso tema, que nos apresentavam algumas perguntas relativamente ao que estávamos a desenvolver e alguns aspectos característicos dos concelhos. Mas no que diz respeito aos jovens, mostraram pouco interesse relativamente ao nosso projecto.
Também foi muita pena nossa que os pais não tenham comparecido na escola para visitar a nosso exposição e tomarem conhecimento em relação ao trabalho desenvolvido ao longo do ano.
Por volta das 19h15, retiramos algumas fotos e desmontamos a exposição.
Concluindo, apesar de todo o esforço em concretizar uma boa exposição de modo atrair a comunidade escolar a visitar e a participar nas nossas actividades, não correu da maneira como esperávamos, de facto ouve pouca participação e interesse por parte da comunidade escolar.
sábado, 30 de maio de 2009
Relatório

Já dentro do Tema do “Despovoamento do Interior Algarvio” aquando a questão “ Considera que o fenómeno do despovoamento afecta o seu concelho?” 48 dos 50 inquiridos responderam sim, e 2 responderam não, contudo estes resultados mostram a consciência que os inquiridos tem relativamente a este problema.

No que concerne ao conhecimento de outros concelhos onde esta tendência se tem vindo a acentuar, 42 conhecem-nos, 8 apresentam não ter qualquer conhecimento relativamente a outros concelhos afectados por este problema.
2.1 Quais?
No que se trata aos inquiridos que responderam Sim na questão anteri 17 consideram Castro Marim, 12 Mértola, 5 Alcoutim, 5 Tavira, 3 Rio seco concelhos onde esta tendência se tem vindo acentuar, contudo 6 não apresentam nenhum concelho em concreto.
3- São diversas as razões que estão presentes no abandono dos concelhos do interior algarvio
3.1- Enumere de 1 a 5 os factores que julga preponderantes no despovoamento do interior algarvio:


Ao pedirmos para referir se existia ou não outros factores/razões que explicassem o acentuar deste fenómeno, 20 responderam que sim e 30 responderam que não, contudo maior parte dos inqueridos consideram que em relação aos factores apresentados por nós na pergunta anterior não existem outros mais concretos que expliquem o desenvolvimento deste problema.
3.2.1 . Quais?
Em relação aos inquiridos que responderam Sim na pergunta anterior, 2 consideram Falta de Habitação, 2 Falta de espaços de Lazer, 5 envelhecimento Populacional, 2 comércio, 6 falta de mobilidade e 1 Baixa de natalidade como outros factores responsáveis pelo Despovoamento, contudo o envelhecimento populacional e a falta de mobilidade são dois dos factores escolhidos pelos inquiridos, com grande peso no desenvolvimento deste fenómeno.
4 -Quais os Destinos das Pessoas que Abandonam o Interior Algarvio?
Ao pedirmos para referir alguns dos destinos das pessoas que abandonam o interior, 30 consideram as cidades do litoral, 20 o estrangeiro, contudo maior parte das pessoas que abandonam o litoral fixam-se sobretudo nas cidades do litoral.
5- Conhece as medidas/Projectos que foram tomados para combater o fenómeno?

No que concerne ao conhecimento das medidas e projectos que foram criados para combater este fenómeno, 8 conhece-nos, 42 não possuem qualquer conhecimento, contudo maior parte dos inquiridos não tem qualquer conhecimento acerca dos vários projectos desenvolvidos para combater o fenómeno.
5.1 Quais
Em relação a questão anterior os inquiridos que responderam que sim, 4 referiram o desenvolvimento de espaços de Lazer, 3 redução da Taxa de Irs, 1 projecto de luta contra a pobreza, contudo uma das medidas que se tem desenvolvido para combater este fenómeno é o desenvolvimento de espaços de lazer.
6 -Qual o balanço dessas medidas/Projectos?

6.1 - Porquê?

Em relação ao Balanço das medidas e projectos desenvolvidos, justificaram a sua resposta positiva uma vez que serão importantes para o crescimento de empregos e de habitações como também desenvolvimento de espaços de lazer que contribuirá para o desenvolvimento do concelho, contudo os que consideraram este balanço negativo justificam a sua resposta uma vez que não encontram melhorias no concelho.
7-Indique as entidades/ Organizações que se destacaram na Luta contra o Despovoamento do Interior Algarvio

No que concerne ao conhecimento das entidades/ organizações que se destacaram na luta contra o despovoamento do Interior Algarvio, 23 referem as Câmaras Municipais, 6 Associação Odiana, 2 os centro Paroquiais e 19 não tem qualquer conhecimento relativamente as entidades e organizações responsáveis que se destacam na luta contra ao despovoamento.
8- Segundo a sua opinião, o que se poderia fazer para evitar o despovoamento?

Como forma de concluir este inquerido foi posta aos inquiridos esta questão” Segundo a sua opinião, o que se poderia fazer para evitar o despovoamento?”, ao qual 23 responderam o desenvolvimento de postos de emprego, 4 responderam o desenvolvimento de Espaços de Lazer, 3 responderam desenvolvimento de estruturas de ensino, 2 responderam mais mobilidade, 5 responderam incentivos a fixação de população, 7 responderam desenvolvimento de estruturas comerciais, 2 responderam desenvolvimento do turismo, 3 responderam desenvolvimento de mais centro de saúde e 1 não mostrou qualquer factor para evitar o despovoamento.
31-05-09 Ana Margarida
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Concelho de Castro Marim
Área: 300 km2
Habitantes: 6593
Freguesias: 4(Altura; Castro Marim; Azinhal; Odeleite;)
Lazer:
- Grupo desportivo Castro-marinense
- Piscina Municipal
- Banda Musical Castro Marim
- Pesca de Escuteiros
- Festa do Emigrante
Festas:
- Festa do Emigrante
- Festa do Caracol
- Mercado Mensal
- Grupo Columbófilo
- Dias Medievais
- Nossa Senhora dos Mártires (Agosto)
28-05-09 Ana Margarida
Concelho de Alcoutim

Habitantes: 3770
Freguesias: 5 (Alcoutim; Pereiro; Giões; Vaqueiros; Martinlongo;)
Lazer:
- Grupo desportivo de Alcoutim
- Centro Náutico
- Pavilhão José Rosa Pereiro
- Piscina Municipal
- Desporto Sénior
- Marchas Pedestres
- Praia Fluvial
Festas:
- Festas de Alcoutim
- Festa da Perdiz
- Festa dos Doces da Avó
quarta-feira, 27 de maio de 2009
Entrevista

1- Quando e quem formou a Odiana?
A odiana foi formada pelos Municípios de Alcoutim, Castro Marim e Vila Real de Santo António em Novembro de 1998.
2- Quais os objectivos que presidiram á formação da Odiana?
Os objectivos foram: A Promoção do desenvolvimento Económico, Social e cultural destes 3 concelhos, como um todo, denominado por Baixo Guadiana.
3- Quais são as áreas de intervenção desta associação no interior Algarvio?
As áreas de intervenção da odiana são a social, a empresarial, a turística, a económica, a formativa e a cultural, no território em geral. Uma vez que o interior algarvio apresenta as maiores carências, grande parte dos projectos desenvolvidos, visa dar resposta a esta situação, nomeadamente com a intervenção na área social e económica.
4- Quais as medidas dentro de cada área?
Dentro das várias áreas de intervenção, a Odiana candidata-se a programas financiados pela União Europeia e pelo estado português, para o desenvolvimento de acções especificas para o desenvolvimento do território.
Dos projectos da Odiana, poderemos destacar alguns a título de exemplo, sendo uns mais e outros menos direccionados para interior algarvio.
Projecto de Luta Contra a Pobreza;
Programa REDE;
Programa de Qualificação e Recomendação do Alojamento em Espaço Rural;
Formação;
AGRIS;
Recuperação e Dinamização da Escola Primária das Furnazinhas;
Gabinete de Apoio ao Empresário;
Programa Leader +
Plano Integrado de Combate à desertificação “ Estratégia das Furnazinhas contra a desertificação”
5- Considera que estes projectos/medidas conseguem combater o despovoamento? Como?
De certa forma conseguem combater o despovoamento ao criarem postos de trabalho, ao apoiar a criação/ desenvolvimento/ dinamização de empresas, ao divulgarem e promoverem estruturas existentes (cafés, restaurantes, Turismo Rurais, artesanato, percursos pedestres), ao dinamizarem a região com variadíssimas actividades (desportivas, informativas, culturais), ao formar a população promovendo a qualificação, ao apoiar a recuperação de habitações degradadas, ao promoverem a segurança e os cuidados de saúde das populações mais isoladas, ao valorizarem os produtos artesanais.
6- Quais os dados concretos que possui relativamente ao seu impacto no combate ao despovoamento?
A Odiana não possui dados quantitativos relativos ao efeito que os projectos desenvolvidos tiveram no despovoamento. Para averiguar se realmente contribuíram para sua diminuição, ou não, seria necessário um estudo exaustivo que envolveria muitas outras variáveis, o que até ao momento ainda não foi feito.
Podemos, contudo, referir, a nível qualitativo, que as acções/medidas desenvolvidas contribuíram para uma melhoria das condições de vida da população, criação de alguns postos de trabalho na região, aumento do nível de qualificação dos cidadãos em áreas práticas e tradicionais, maior visibilidade e dinamização das empresas existes, novos serviços, o que com certeza constitui um atractivo para visitar ou morar no Baixo Guadiana.
7- A População aderiu facilmente a estes projectos?
Sim. A População aderiu aos projectos de intervenção social, se bem que essa adesão foi sempre precedida de sessões de divulgação e esclarecimento. Verifica-se uma crescente procura directa de apoios/ Informação na sede da Odiana.
8- Que tipos de apoios (Sociais, financeiros, etc…) existem para estes projectos?
Os apoios existentes são Programas do QREN (quadro de Referência Estratégico
2007 – 2013 e outros programas nacionais e comunitários.
9- Quais as principais dificuldades que existem no combate ao despovoamento?
Parque Habitacional envelhecido
Dificuldade em estabelecer empresa na Região
Acessos físicos (estradas) em mau estado
Pouca oferta de serviços
Poucos atractivos para a população jovem
População envelhecida
Pouca Oferta de emprego
10- Julga que o despovoamento do interior algarvio se tem acentuado ou tem diminuindo?
Pela experiência da Associação no Baixo Guadiana (Alcoutim, Castro Marim e Vila Real de Santo António) Constatamos que o nº de residentes se tenha mantido ou até aumentado ligeiramente devido aos fluxos de emigrantes (maioritariamente vindos de leste e do Brasil) que se têm fixado na região, embora mais no litoral. Não dispomos de dados concretos acerca do aumento ou diminuição da população, apenas podemos referir dados do INE acerca da densidade populacional (n.º de hab. / km²) dos 3 concelhos em que, apenas em Alcoutim o nº baixou entre 2001 e 2007: Alcoutim (6,3-5,5), Castro Marim (21,4-21,6) e Vila Real de Santo António (291, 5-301,2).
11- Qual o balanço final da actuação da associação no combate a este problema?
A actuação da Odiana Visa combater o problema do despovoamento se bem que está limitada aos programas de financiamento existentes e ao orçamento de estado, o que por vezes é limitativo devido aos cortes orçamentais. Assim o balanço final não é tão positivo quanto o que gostaríamos.
12- De acordo com a sua experiência, o que é que pode ser feito para combater o despovoamento do interior algarvio?
Dinamização e potenciação da serra, por forma a minorar a exclusão espacial e sócio-económico de algumas povoações; o apoio a idosos, pessoas em situação de risco e famílias carenciadas, inclusive às que, para além da falta de recursos económicos têm a sua situação agravada, por toxicodependências e/ ou pela má gestão que fazem das suas próprias vidas, minorar as situações de degradação habitacional, melhorar as qualificações de alguns estratos da população no sentido de facilitar e promover a sua (re)inserção no mercado de trabalho, promover a animação socio-económico das zonas serranas, apostando no turismo e nos produtos endógenos de qualidade, aumentando assim, os rendimentos das populações; criando canais seguros de escoamento destes produtos, efectivando-se a optimização da divulgação destes produtos e consequentemente estabilidade em alta, valorizar e promover as artes e jogos tradicionais do baixo Guadiana, fomentando, e participando também na realização de eventos vários, com vista a dinamizar o tecido social e fortalecer a identidade cultural.
Data : 20- 04-09 Ana Margarida
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
Factores que Afectam este Fenómeno / Aspectos Favoráveis ao combate desta Tendência
• Falta de Trabalho;
• Falta de serviços médicos básicos;
• Falta de locais de diversão para os jovens, como centros culturais e teatros dinâmicos, salas de cinema;
• Falta de dinamismo do comércio local;
• Número reduzido de institutos escolares e pré-escolares;
Todos estes aspectos levam cada vez mais que a população abandone as zonas alentejanas e apostem cada vez mais em zonas com um grau de desenvolvimento mais elevado.
Segundo a minha opinião, tenho verificado que muitos jovens das zonas do concelho de Alcoutim e castro Marim tem abandonado as suas vilas para irem estudar e procurar melhores condições de vida em outras cidades do País, como por exemplo nas áreas metropolitanas. E muitas dessas pessoas tem tendência a manter-se nessas áreas e não regressando a sua terra de origem. Os Factores que os levam a essa escolha é sobretudo uma maior qualidade de vida e por outro lado acabam por construir uma família ou criando laços afectivos com determinadas pessoas dessas zonas. De facto, com todas estas tendências podemos verificar um progressivo envelhecimento da população. Actualmente existe idosos e pessoas de meia-idade e algumas crianças ou adolescentes que ainda não ganharão asas para voar para outras cidades.
No meu ponto de vista não é importante saber quem são os culpados desta tendência, mas sim preocupar-nos arranjar soluções para fixar no Alentejo os jovens e combater este abandono que cada vez mais é evidente. Recorrendo a criação de vários aspectos, como por exemplo:
• Criação de postos de emprego para a população residente, em especial para os jovens;
• Criação de Vencimentos “Especiais” para os jovens, com um ordenado mínimo a rondar os 650Euros;
• Incentivos para o Aumento da Natalidade;
• Criação de uma rede pré-escolar e escolar que se adeqúe às exigências profissionais dos jovens;
• Efectuação de uma rede Cultural digna do seu nome e de preferência descentralizada, de modo que a cultura não esteja fixamente centrada em Évora, Beja, Portalegre, entre outras;
• Criação de um centro comunitário com múltiplas valências, como centro de dia destinado a população idosa, criação de um centro juvenil com acesso a um espólio de livros, com computadores e acesso a Internet;
Desta forma, temos que fazer com que o Alentejo deixe de ser uma região agradável com uma cultura e tradições curiosas e uma região de passagem obrigatória para o Algarve e torna-la mais atractiva. Essa Mudança passa especialmente em apostar na agricultura com acordos pré-estabelecidos com empresas nacionais para o esvaziamento das nossas produções, e ainda apostar cada vez mais no turismo, fixando uma maior quantidade de turistas nestas áreas;
Outro aspecto para tornar o Alentejo mais rico é o desenvolvimento de pólos industriais e desenvolvimento das tecnologias.
Por fim, Há que lutar para alcançar os nossos objectivos, neste contexto tentar modificar o Alentejo e inverter esta situação.
Realizado Por Ana
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
"É preciso salvar o interior do País"
“Todo o interior junto à fronteira com Espanha, do Algarve a Trás-os-Montes, está a ficar deserto, com a perda de potencial biológico dos solos (desertificação física) e de população (desertificação humana)”, concluíram os participantes nas terceiras Jornadas Ambientais da Liga para a Protecção da Natureza (LPN), que terminaram ontem em Castro Verde, após quatro dias a “aprofundar o conhecimento público e científico sobre a desertificação”, num encontro que juntou mais de 30 especialistas, nacionais e estrangeiros.
Segundo o presidente da LPN, Eugénio Sequeira, “Portugal continua sem políticas nacionais, gerais e sectoriais para combater a desertificação”, embora se trate de “um problema emergente e com consequências tão graves, como o aumento das assimetrias entre as regiões, criando perdas demográficas, pobreza, abandono e desemprego”.
“Se nada for feito nos próximos 20 anos, cerca de 66 por cento do território pode ficar deserto e seco”, acentuou, lembrando que, independentemente deste cenário futuro, cerca de um terço do território já sofre “uma grave desertificação”.
“A aridez dos solos já atinge quase todo o Alentejo e o interior algarvio”, sublinhou, alertando mesmo para proporções “quase dramáticas” na margem esquerda do Guadiana, nos concelhos de Mértola, Castro Marim e Alcoutim. O fenómeno não está, contudo, confinado ao Sul do país, pois, disse, “todo o interior junto à fronteira com Espanha, do Algarve a Trás-os--Montes, está a ficar deserto”, com a perda de potencial biológico dos solos (desertificação física) e de população (desertificação humana).
Lembrando que a presença humana é “fundamental” no combate à desertificação, Eugénio Sequeira alertou para a necessidade de se “contrariar o despovoamento nas zonas deprimidas”.
“É preciso reivindicar medidas de discriminação positiva que possibilitem a fixação de população no interior, reduzindo a pressão sobre a orla costeira e resolvendo os problemas resultantes da litoralização da economia”, afirmou.
“O combate à desertificação passa obrigatoriamente pela preservação do mundo rural”, salientou, acrescentando que é preciso uma “agricultura compatível com o bom uso dos solos e a preservação da biodiversidade”.
Neste capítulo, Eugénio Sequeira defendeu a aposta nos Planos Zonais, que considerou “ferramentas de gestão do território essenciais para combater a desertificação”.
“O Governo, se quiser manter a agricultura no interior tem de pagar os serviços que a agricultura presta”, disse, lembrando que “a culpa do despovoamento do interior reside na falta de condições para a fixação das populações”.
Metade de Portugal deserto em 20 anos
Mais de metade do território português corre o risco de ficar deserto e seco nos próximos 20 anos e cerca de um terço já está afectado pela desertificação. As zonas já atingidas, quer ao nível dos solos, quer da população, são o Alentejo, o interior algarvio e toda a fronteira com Espanha, do Algarve a Trás-os-Montes. Como causas deste cenário, apontam-se, fundamentalmente, os efeitos da seca, os incêndios florestais, o crescimento urbano indevido em terras com potencial agrícola e a degradação dos solos, em resultado dos “maus usos e da poluição Para inverter esta tendência de desertificação e “evitar os piores cenários”, a Liga de Protecção da Natureza (LPN) preconiza a adopção de medidas “concretas e eficazes” de fixação da população activa nos meios rurais, de conservação do solo e da água e de recuperação das áreas já afectadas. “Se nada for feito, Portugal deixará de ser competitivo a nível europeu, terá grandes dificuldades de abastecimento público de água e a qualidade de vida terá tendência para se degradar”, vaticinam os especialistas na matéria. A investigação das causas e das formas para combater o fenómeno, a sensibilização da população e a inclusão da luta contra a desertificação e a seca nas políticas gerais e sectoriais são outras das medidas preconizadas.
Realizado Por Tânia
http://www.skyscraperlife.com/cafe/2322-e-preciso-salvar-o-interior-do-pais.html