Olá Pessoal

Somos alunos do 12ºF da escola secundária de VRSA e pertencemos ao Curso
Científico-Humanístico de Ciências Sociais e Humanas.Este ano surgiu uma nova
disciplina - Área de Projecto, que apesar de ser uma área curricular não
disciplinar irá contar para a média do secundário. Decidimos assim criar um
blog, em que iremos colocar todas as nossas pesquisas e informações, conteúdos e
trabalhos que iremos realizando ao longo do ano lectivo.Espero que consigamos
cumprir os nossos objectivos de modo a concretizar um bom projecto.

Bom ano
lectivo para todos....

Miguel, Ana Margarida, Tânia


segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Factores que Afectam este Fenómeno / Aspectos Favoráveis ao combate desta Tendência

Cada vez mais este fenómeno afecta sobretudo a população jovem dos vários concelhos que estão a ser progressivamente afectados. Os factores que afectam estas zonas são sobretudo:
• Falta de Trabalho;
• Falta de serviços médicos básicos;
• Falta de locais de diversão para os jovens, como centros culturais e teatros dinâmicos, salas de cinema;
• Falta de dinamismo do comércio local;
• Número reduzido de institutos escolares e pré-escolares;
Todos estes aspectos levam cada vez mais que a população abandone as zonas alentejanas e apostem cada vez mais em zonas com um grau de desenvolvimento mais elevado.
Segundo a minha opinião, tenho verificado que muitos jovens das zonas do concelho de Alcoutim e castro Marim tem abandonado as suas vilas para irem estudar e procurar melhores condições de vida em outras cidades do País, como por exemplo nas áreas metropolitanas. E muitas dessas pessoas tem tendência a manter-se nessas áreas e não regressando a sua terra de origem. Os Factores que os levam a essa escolha é sobretudo uma maior qualidade de vida e por outro lado acabam por construir uma família ou criando laços afectivos com determinadas pessoas dessas zonas. De facto, com todas estas tendências podemos verificar um progressivo envelhecimento da população. Actualmente existe idosos e pessoas de meia-idade e algumas crianças ou adolescentes que ainda não ganharão asas para voar para outras cidades.

No meu ponto de vista não é importante saber quem são os culpados desta tendência, mas sim preocupar-nos arranjar soluções para fixar no Alentejo os jovens e combater este abandono que cada vez mais é evidente. Recorrendo a criação de vários aspectos, como por exemplo:
• Criação de postos de emprego para a população residente, em especial para os jovens;
• Criação de Vencimentos “Especiais” para os jovens, com um ordenado mínimo a rondar os 650Euros;
• Incentivos para o Aumento da Natalidade;
• Criação de uma rede pré-escolar e escolar que se adeqúe às exigências profissionais dos jovens;
• Efectuação de uma rede Cultural digna do seu nome e de preferência descentralizada, de modo que a cultura não esteja fixamente centrada em Évora, Beja, Portalegre, entre outras;
• Criação de um centro comunitário com múltiplas valências, como centro de dia destinado a população idosa, criação de um centro juvenil com acesso a um espólio de livros, com computadores e acesso a Internet;

Desta forma, temos que fazer com que o Alentejo deixe de ser uma região agradável com uma cultura e tradições curiosas e uma região de passagem obrigatória para o Algarve e torna-la mais atractiva. Essa Mudança passa especialmente em apostar na agricultura com acordos pré-estabelecidos com empresas nacionais para o esvaziamento das nossas produções, e ainda apostar cada vez mais no turismo, fixando uma maior quantidade de turistas nestas áreas;
Outro aspecto para tornar o Alentejo mais rico é o desenvolvimento de pólos industriais e desenvolvimento das tecnologias.
Por fim, Há que lutar para alcançar os nossos objectivos, neste contexto tentar modificar o Alentejo e inverter esta situação.



Realizado Por Ana

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

"É preciso salvar o interior do País"

Especialistas reclamam a afectação de verbas mais significativas tendo em vista fixar as populações, em especial nas zonas rurais do território.

“Todo o interior junto à fronteira com Espanha, do Algarve a Trás-os-Montes, está a ficar deserto, com a perda de potencial biológico dos solos (desertificação física) e de população (desertificação humana)”, concluíram os participantes nas terceiras Jornadas Ambientais da Liga para a Protecção da Natureza (LPN), que terminaram ontem em Castro Verde, após quatro dias a “aprofundar o conhecimento público e científico sobre a desertificação”, num encontro que juntou mais de 30 especialistas, nacionais e estrangeiros.
Segundo o presidente da LPN, Eugénio Sequeira, “Portugal continua sem políticas nacionais, gerais e sectoriais para combater a desertificação”, embora se trate de “um problema emergente e com consequências tão graves, como o aumento das assimetrias entre as regiões, criando perdas demográficas, pobreza, abandono e desemprego”.

“Se nada for feito nos próximos 20 anos, cerca de 66 por cento do território pode ficar deserto e seco”, acentuou, lembrando que, independentemente deste cenário futuro, cerca de um terço do território já sofre “uma grave desertificação”.

“A aridez dos solos já atinge quase todo o Alentejo e o interior algarvio”, sublinhou, alertando mesmo para proporções “quase dramáticas” na margem esquerda do Guadiana, nos concelhos de Mértola, Castro Marim e Alcoutim. O fenómeno não está, contudo, confinado ao Sul do país, pois, disse, “todo o interior junto à fronteira com Espanha, do Algarve a Trás-os--Montes, está a ficar deserto”, com a perda de potencial biológico dos solos (desertificação física) e de população (desertificação humana).
Lembrando que a presença humana é “fundamental” no combate à desertificação, Eugénio Sequeira alertou para a necessidade de se “contrariar o despovoamento nas zonas deprimidas”.

“É preciso reivindicar medidas de discriminação positiva que possibilitem a fixação de população no interior, reduzindo a pressão sobre a orla costeira e resolvendo os problemas resultantes da litoralização da economia”, afirmou.
“O combate à desertificação passa obrigatoriamente pela preservação do mundo rural”, salientou, acrescentando que é preciso uma “agricultura compatível com o bom uso dos solos e a preservação da biodiversidade”.
Neste capítulo, Eugénio Sequeira defendeu a aposta nos Planos Zonais, que considerou “ferramentas de gestão do território essenciais para combater a desertificação”.

“O Governo, se quiser manter a agricultura no interior tem de pagar os serviços que a agricultura presta”, disse, lembrando que “a culpa do despovoamento do interior reside na falta de condições para a fixação das populações”.

Metade de Portugal deserto em 20 anos

Mais de metade do território português corre o risco de ficar deserto e seco nos próximos 20 anos e cerca de um terço já está afectado pela desertificação. As zonas já atingidas, quer ao nível dos solos, quer da população, são o Alentejo, o interior algarvio e toda a fronteira com Espanha, do Algarve a Trás-os-Montes. Como causas deste cenário, apontam-se, fundamentalmente, os efeitos da seca, os incêndios florestais, o crescimento urbano indevido em terras com potencial agrícola e a degradação dos solos, em resultado dos “maus usos e da poluição Para inverter esta tendência de desertificação e “evitar os piores cenários”, a Liga de Protecção da Natureza (LPN) preconiza a adopção de medidas “concretas e eficazes” de fixação da população activa nos meios rurais, de conservação do solo e da água e de recuperação das áreas já afectadas. “Se nada for feito, Portugal deixará de ser competitivo a nível europeu, terá grandes dificuldades de abastecimento público de água e a qualidade de vida terá tendência para se degradar”, vaticinam os especialistas na matéria. A investigação das causas e das formas para combater o fenómeno, a sensibilização da população e a inclusão da luta contra a desertificação e a seca nas políticas gerais e sectoriais são outras das medidas preconizadas.

Realizado Por Tânia
http://www.skyscraperlife.com/cafe/2322-e-preciso-salvar-o-interior-do-pais.html